Da primeira vez que eu e a Marianela saimos encontramo-nos no Hair, no Ritz, onde eu tinha estado a arranjar o cabelo com o Joao Chaves como de costume. E saimos dali para uma feira de antiguidades.
Nessa tarde aconteceu outra coisa muito mais importante para mim. Numa daquelas conversas divertidas que acontecem nestas circunstancias o Henrique Polignac confessou-nos que detestava a neve. E que ir para a neve estava completamente fora dos seus planos.
Ora eu que desde os 20 anos me sentia um bicho raro por ter detestado ficar durante um mes com um tornozelo normal e o outro de elefante (por causa de uma daquelas quedas com um esqui virado para tras). Foi assim que descobri que nestes casos ir ao endireita era melhor que ir aos melhores medicos. E se nao fosse o meu professor de ginastica mo recomendar, ainda andaria ai com um tornozelo gordo e o outro magro.
Andava eu farta de ter de disfarcar quando alguem queria que eu fosse para a neve, exultei.
A partir desse dia descobri que nao era unica. Passei a assumir que nao gosto de montanhas, neve e gelo. Que fujo deles tanto quanto posso. Sao frios, escorregam e os acidentes podem ser gravissimos.
Neste dia libertei-me da obrigacao do gostar de ir para a neve!
Obrigada Henrique. Do fundo do coracao.
Tenho de ver se volto a sair com a Marianela. Deu sorte a ambas.
Vamos la agora ler o texto:
Marianela Mirpuri veio de Africa como tanta gente de destaque nos dias de hoje. Foi apoiada na sua entrada para a sociedade portuguesa pelo seu amigo celebridade José Castelo Branco. Este pediu a uma amiga sua, que era então uma das locomotivas sociais em Lisboa para a levar às festas. Esta locomotiva que guiou e deu a mão a tantos candidatos celebridades, era uma famosa jornalista e antes top-model chamada Maria Afonso Sancho. Que entre 1980 e 1984 fez a eleição dos mais e menos elegantes de Portugal. Mas, o importante aqui, é que Marianela é uma Mirpuri. De origens indianas e judias a fortuna familiar é imensa. A empresa mais aparente terá sido a Air Luxor (e Masterjet). Mas são incontáveis as mais discretas. Tudo o que toca vira ouro. Tem dois filhos de um primeiro casamento. Durante o qual viveu em Benfica apesar de o marido ter colégios na Lapa. Depois casou com um médico. Actualmente acha não precisar de voltar a casar para nada.
Mas o melhor eh que digam coisas simpaticas e sinceras de nohs.
Fiquei a sentir-me tao bem por ter lido estas palavras. Uhmmm...
Nao sei a quem o devo mas estou-lhe muito grata.
Gratidao eh sinal de saude.
Agora, faca-me o favor de passar a dizer, disciplinadamente, o quanto aprecia as pessoas que cruzam o seu caminho. Vai sentir-se melhor.
Se essas pessoas que recebem a sua apreciacao estranharem, ensine-as que basta dizerem obrigado/a com um sorriso.
Pode acontecer-lhe como a mim. Ha dias tive de me zangar com um grande amigo meu. Pois desconfiou e ja estava a insultar-me soh porque eu o informei do quanto admirava o grande artista que ele e as suas obras.
Aventuras. Que tornam a vida mais interessante.
Agora Sorria!.
E que todos os seus mais belos sonhos se tornem realidade! :-)))
eu tambem conhececi te na hair estava a fazer uma campangna de enprensa sobre o Anthony Delon e ficamos amigas levaste me as festas tambem e muito devertimo nos ainda me lembro da festa onde fomes vestidas de papel de rebuçado que eu tinha trazido de paris e depois tinhamos deixado as chaves em casa e tivemos as tantas da manha pedir chamar os bombeiros que descobrirao duas locas vestidas de bombom e sempre a rir
ResponderEliminarbons tempos como aqueles onde os caseiros dos meis pais no estoril nao deixarao entrar o Alain Prost e o Gerard berger em casa dizendo que nao os conheciao e que a senhora tinha dado ordens de so deixar entrar os amigos
ah Maria que saudade desses tempos ligeiros o que e importante e que ficamos amigas quase irmaes para a vida e para tudo um beijo minha querida
Querida Lena
ResponderEliminarDe que nos tinhamos conhecido no Hair nao me lembrava. Poie eh, eu costumava sair de la para ir patrulhar os eventos de que devia falar e escrever. Tu dizias que eu tinha um ar muito convencional e usavas uma palavra francesa, de que gostava de me lembrar.
Tivemos tantas aventuras depois disso.
Aquilo nao era papel de rebucado mas uma pelicula fabulosa, que eu na altura nem sabia que era tao especial. Tomara eu ter roupa feita daquilo hoje. Cada vez eh mais necessaria.
Ainda mando fazer umas roupas daquelas para usar: mas mais discretamente.
Fomos ah festa de anos do Andre Gomes na Graca. E depois a chave encravou na minha porta e tivemos de chamar os bombeiros para conseguir entrar. Devia ser perto da meia noite. Soh fomos a festa do Andre, nao foi?
Tu tavas-te a rir muito com o nervoso da situacao, como sempre quando eras miuda; eu mantive um ar mais serio e respeitavel. Ja bem bastava as roupas que tinhamos engendrado para agradar ao aniversariante.
Mas acho que os bombeiros nao nos acharam doidas. Apenas que tu estavas nervosa e te rias muito. Nem sequer bebiamos. Deviam estar habituado a gente bem pior, deixa lah!
Acho que eu estava com um vestido drapeado em dourado, feito pela Ilda Aleixo com design meu. E por cima tinha um casaco daquela coisa em encarnado e dourado. Atado de tal forma que fazia uma cauda esvoacante.
E tu, que eras uma menina pequenina, quase, estavas com uns calcoes encarnados, uma blusa verde, outro casaco comprido em prateado e algo atado na cabeca que parecia um super lacarote. Chegamos atrasadas e fizemos uma entrada espectacular no jardim de casa do Andre. Ja todos tinham jantado. Nao comemos nem bebemos. A mae dele era encantadora!
Ficamos cerca de uma hora. Como sabes as festas a partir de certa hora comecam a ficar feias. As maquilhagens borram. A roupa amarrota. As pessoas bebem demais... Melhor apanhar soh o inicio.
Acho que ateh fomos de taxi para nao termos de estacionar e andar pela rua naquelas figuras.
Com o gosto pelo dramatismo teatral do Andre ele adorou que nos tivessemos preparado daquela maneira. Foi um optimo presente. Ainda hoje fala disso quando nos encontramos. Da ultima vez foi no Rossio. Ja lah vao mais de 10 anos.
E quando a Ana Corvo se apaixonou pelo Gherard Berger numa festa no Estoril depois de um grande premio. E no dia seguinte nao nos falava de outra coisa senao "ai ele eh tao querido!".
Estava a passar comigo na Hellen Arn. E depois das passagens a meio da tarde, fomos todas no meu carro, para a quinta da Marinha. Entao lah eles trocaram telefones e ate hoje estao juntos. Isto foi lindo! (sou uma romanica)
Ainda nao havia telemoveis.
Mas nao tenho saudades. Nao gosto de viver sempre a fazer a mesma coisa.
Aqueles corredores eram muito estranhos. Punham-se aos pulos em cima dos carros com que andavam na rua, estragavam-nos todos. Faziam montes de disparates. So bebiam caca-
cola e comiam bifes grelhados. Coitados , teem uma vida de gladiadores. Arriscam demasiado a vida nas corridas para serem sensatos.
Prefiro gente calma e com quem se pode falar. Como sabes ja era pela agua, pelos cereais integrais, algas e comida vegan e bio.
Tenho a sensacao de que eram visitas a jaulas de um zoo muito alargado. Curiosidades divertidas mas para se manter as distancias.
bj minha querida Leninha!
Bom Ano Novo!
Leninha
ResponderEliminarE a quantidade de directoras de revistas de moda portuguesas que soh confiavam em ti para em Paris, conseguirem entrar nas passagens de alta costura do melhor que ha.
E o festival de Cannes.
E as coisas optimas que tu publicavas nos jornais de ca.
Tem cuidado pois jah estas eh a escrever o portugues a francesa ;-) com gn em vez do nosso nh, etc.
Eu tambem tenho andado a inventar esta maneira de escrever portugues com o teclado ingles para evitar os "hieroglifos".
bj e saudades